RITA MONTEIRO DE FREITAS CARVALHO, nasceu no povoado de Boa Vista, município
de Severiano Melo, nascida em 8 de
setembro de 1957, filha de Luiz Monteiro de Carvalho e de Maria Régis de
Freitas. Casou-se em 14 de outubro de 1976, com Antonio Lúcio de Carvalho,
natural de Severiano Melo, filho de Francisco Carvalho e de Maria Rodrigues.
Mãe de duas filhas: Francisca Maria e de Francisca Antônia.
Rita Monteiro, educadora que atua sua
profissão de professora no sítio Boa Vista, na Escola Estadual Cassimiro
Monteiro. Ela iniciou sua carreira no dia 1º de março de 1975, cujo período a
Educação Brasileira era direcionada por governos militares, que tinham
objetivos de desenvolver programas e metas, cuja finalidade era trabalhar a
mão-de-obra, para que o indivíduo fortalecesse uma ação de crescimento
econômico do país.
Vale ressaltar que a educadora atua na
área do Ensino Fundamental, antigo 1º grau, ou seja, da 1ª a 4ª séries, onde
existe a variação de lecionar séries diferentes em determinados anos,
justamente pelo fato de haver a necessidade de trabalhar com crianças de faixa
etária heterogênea, assim, sendo possível analisar a formação psicológica de
cada fase da vida da criança, com a finalidade com essa prática enriquecer os
conhecimentos pedagógicos.
A educadora afirma que durante seu tempo de
trabalho, tem enfrentado problemas que não foram fáceis de superá-los, como
classe multi-seriadas, com crianças portadoras de necessidades especiais,
assim, a mesma encontrou dificuldades de
desenvolvê-las, entre esses problemas aparecem a infra-estrutura da Escola, que
não é favorável para desempenhar um trabalho como: aulas de educação física,
sala de estudo.
Porém, nessa perspectiva uma das grandes
dificuldades encontradas foi assumir o cargo de ASG e professora ao mesmo tempo
durante um ano e seis meses, mas tinha algumas vantagens já que naquela época
os discentes eram mais comportados, do que os atuais, desde então não podia
contar com nenhum membro da escola de 8 quilômetros da escola.
Diante das informações da professora em sua
história pedagógica, o período mais significativo foi de 1975 a 1983, pois
nessa época somente 3 professores, pois
quem tinha mais respeito à cultura e ao professor, haja vista que, quem tinha o cargo de professor era considerada uma das
pessoas mais importantes da comunidade,
Entretanto, não atuou na área de 1º grau
maior, mas lecionou durante 3 anos no MOBRAL (criado no governo de Artur da
Costa e Silva – 15/3/1867 – 31/8/1969), em 15 de dezembro de 1967) – Movimento Brasileiro
Alfabetização, onde ambas propostas de trabalho existentes na época eram
bastantes “tradicionais”, ou seja, o método em que o professor era o dono do
saber, o aluno não podia interferir em nada que fosse exposto em sala de aula,
além do mais existia uma plena autonomia. Mas hoje o professor não pode
argumentar que o docente exerce a função de mediador e incentivador na sala de
aula, porém, isso vem ocorrendo devido aos métodos implantados nas escolas,
embora existam algumas que seguem algumas regras do método tradicional, mas
estão tentando inovar seus conhecimentos para melhor desempenho do trabalho,
através de um novo método. “O Construtivo”, que está se integrando muito bem
nas escolas, pois no momento que se pode trabalhar a realidade do aluno, há um
melhor relacionamento sadio, sendo que os conhecimentos são divididos, ou seja,
professor aprende com o aluno e o aluno com o professor.
Frisa-se que na época em que era aplicado o
tradicional, o objetivo dos conteúdos de 1ª a 4ª série, era direcionado para há
preparar o indivíduo com um cidadão digno de seus direitos.
No MOBRAL, o objetivo que o método de
trabalho pretendia alcançar, era mais audacioso, pois queria que os alunos
aprendessem principalmente o nome, para com isso votar. Porém esses métodos
propostos pela educação, geravam a vontade algo mais nos alunos, isto é, o
aluno teria que ter outro tipo de conhecimento sem que fosse esse. No qual lhe
era direcionado. A partir desse momento a professora relata ter começado suas
aulas, na finalidade do educando usufruir uma educação que pudesse lhe
proporcionar melhoria para sua vida como cidadão. Essas aulas eram
transformadas, através de cartazes, que constava de frases, onde tinha o
objetivo de mostrar a realidade de um país político e econômico, para que eles
começassem a buscar seus direitos de indivíduos numa sociedade.
No entanto, não era suficiente o esforço,
pois não tinha recursos adequados para essa educação, o que existia eram livros
que tinham o currículo de alienar alunos e professores. Nos dias atuais existem
livros baseados no construtivismo, e se torna possível fazer uma análise
crítica, do desenvolvimento de um país
político, já que o apoio do FUNDEF-Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e do MEC, favorece a distribuição de livros e materiais escolares para os
alunos, e melhoria de salário para os professores, assim se torna uma
importante iniciativa para melhorar o desenvolvimento da aprendizagem dos
alunos.
Assim, a história da educação vai
transformando-se, através de projetos elaborados pelo governo federal e
estadual que por meio de profissionais da Educação, onde atuam na universidade,
apliquem cursos de Atualização Curricular com a finalidade de transformar o
método de ensino, que no qual já não eram mais adequados aplica-los, numa era
de globalização, porém se continuássemos a lecionar da mesma forma que antes,
iríamos tornar inexperientes para atender as suas necessidades.
A partir desses cursos foi dado início a
trabalhos coletivos, onde o corpo docente da escola passou a trocar idéias com
supervisores, coordenadores e professores que atuam em outras áreas, o
incentivo escolar foi muito produtivo, de modo que, a contribuição que a escola
passou a desenvolver no educando foi mais inovadora, sendo mais fácil esclarecer
para o mesmo conteúdo críticos, onde era possível rever a história atual e
confrontar-la com o passado. Nessa
direção o educando iniciaria uma fase de desenvolver seus próprios conceitos,
que frisaria a evolução, ou seja, a transformação que a educação passaria a
ter.
Nessa perspectiva, poderíamos rever a
educação tecnicista e utilitária, de preparação do homem para o mercado de
trabalho, e essa educação é elaborada de
forma que haja referência no exercício da cidadania ao indivíduo.
Porém, com vista essa forma de educação, onde
muda constantemente, é possível descrever a determinação de alguns alunos, que
se transformaram em profissionais competentes, no qual exerce funções de grande
importância para a sociedade. Entretanto, diante do trabalho exercido pela
professora a mesma argumentar que mesmo com dificuldades econômicas, que a
profissão não dispõe de salários dignos de trabalhador, a única gratificação
que tem hoje é de ver ex-alunos: professores, diretor de hospital, além de que
existem estudantes na área de odontologia, contribuinte no exercício
brasileiro, entre outras especificações.
Para finalizar, a educadora argumenta que
estes são os únicos motivos que lhes fez feliz e ajuda a renovar forças para
continuar sua jornada de trabalhar.
FONTE: Trabalho realizado por Antonia Diva
Barra Pinto, Francisco Geovanny Lucena Melo Barra e Maria Dione Barra Gomes
Pinto junto a professora Rita Monteiro de Freitas Carvalho, educadora do ensino
fundamental na Escola Estadual Cassimiro Monteiro, povoado de Boa Vista. Além
de depoimento prestado pela mesma a este
pesquisador.